Palestra

Desafios de laboratórios de diagnóstico fitossanitário frente aos constantes avanços tecnológicos

 

 

Eng. Agr. Valmir Duarte

CREA-RS 29.404 (RN 220408306-2), PhD FitopatologiaAgronômica - Laboratório de Diagnóstico Fitossanitário e Consultoria - Rua Ibanez André Pitthan Souza, 139, Bairro Jardim Itu-Sabará, 91210-070* - Porto Alegre, RS, Brasil +55(51) 2131-6262 / 9986-9421      I   http://www.agronomicabr.com.br/home.aspvalmir@ufrgs.br; valmir@agronomicabr.com.br   I   Skype: valmirduarte1953)*

 

 

 

Antes de pensarmos nos desafios de laboratórios de diagnóstico fitossanitário frente às novas tecnologias é preciso ter em mente quediagnose de doenças de plantas não é somente ciência e tecnologia, mas talvez, antes de mais nada, arte. Como toda a arte, é um dom que precisa de muita prática, somente obtida enfrentando consultas sobre problemas reais em lavouras, pomares, estufas...O apoio de laboratórios de diagnóstico fitossanitário para extensionistas, teoricamente os principais diagnosticadores de problemas a campo, é fundamental, mas abrange mais detecção, isto é, presença ou ausência de uma praga (bactérias,fitoplasmas, fungos, nematoides, vírus, viroides). No entanto, a viabilidade econômica do negócio não pode depender apenas deste tipo de demanda. Neste contexto, o Agronômica - Laboratório de Diagnóstico Fitossanitário e Consultoria vem trabalhando como laboratório credenciado pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento desde 2006, abrangendo no seu escopo todas pragas, fundamental para sua sobrevivência. Esta vantagem, no entanto, exige profissionais treinados em todas as áreas da fitossanidade, não apenas em fitopatologia. O que tem unido as áreas de expertise tem sido a análise de DNA ou RNA pela técnica da PCR ou RT-PCR, respectivamente, convencional ou em tempo real. Concomitantemente, novos avanços tecnológicos no sequenciamento do DNA, tais como o sequenciamento de genes-alvo como no caso “Angelina Jolie”, prometem diminuir o custo desta técnica, viabilizando seu uso nos laboratórios de diagnóstico fitossanitário. Mas da mesma forma que a presença de um gene associado ao câncer da mama não garante sua ocorrência numa paciente, a detecção de um gene-alvo de uma praga numa semente, tecido sintomático, solo, substrato ou água precisará de interpretação. Nossa conclusão é que os constantes avanços tecnológicos na detecção de pragas são muito bem vindos, mas o treinamento de profissionais que consigam interpretá-los (arte) deve estar *pari passu*.

 

 

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