Palestra

Uso de marcadores moleculares na seleção assistida de hortaliças para resistência a doenças

 

 

Olga Satie Suzuki1; Romulo Fujito Kobori1

1Sakata Seed Sudamerica Ltda.

 

 

O melhoramento genético de hortaliças é uma empreitada desafiadora devido à grande quantidade de espécies espalhadas dentro de vários gêneros. Cada espécie se mostra, à sua maneira, vulnerável a uma grande quantidade de doenças e pragas. Produtores, consumidores e a sociedade nutrem diferentes expectativas que devem ser tratadas como um todo num programa de melhoramento.

Neste contexto, os marcadores moleculares representam uma ferramenta de suporte ao melhoramento na medida em que auxiliam a seleção em dois aspectos centrais: 1 - Os marcadores moleculares são baseados em DNA, que não sofre influência do ambiente, que permite a seleção simultânea de vários locos em qualquer fase e a partir de qualquer parte da planta. 2 -Os marcadores moleculares (dominantes) diferenciam plantas homozigotas e heterozigotas, o que permite a redução no número de ciclos de seleção e permite a seleção somente das plantas portadoras do(s) alelo(s) de interesse.

No que se refere especificamente ao desenvolvimento de variedades resistentes a patógenos, os marcadores moleculares permitem a seleção de plantas na ausência do patógeno, reduz a necessidade de manutenção de inóculo e também reduz o risco de escape do patógeno em campos de produção ou meio ambiente.

Diante de uma miríade de novas abordagens que permitem a genotipagem rápida de grande quantidade de locos, o uso de marcadores específicos do tipo CAPS ou SCAR, ligados a um determinado gene de resistência, geralmente monogênica e dominante já pode ser considerada uma abordagem 'convencional'.

Acompanhar o vertiginoso avanço tecnológico na área de mapeamento genético e da genômica e aplicar os resultados de projetos internacionais na rotina de um programa de melhoramento genético de hortaliças tem sido por si só um desafio e tema constante de estudos e discussões.

 

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